O celular que dobra é uma reinvenção dos modelos flip que fizeram sucesso nos anos 2000 e agora voltam com mais tecnologia e recursos nas câmeras
O celular que dobra é uma das novidades no mercado no quesito design e as grandes fabricantes já investem nessa tendência. Embora esse tipo de smartphone ainda não tenha um preço muito acessível, pode ser uma boa escolha para quem preza pela inovação.
Quais marcas possuem modelos de celular que dobra?
Motorola e Samsung estão entre as primeiras empresas a lançar o celular que dobra entre seus produtos. Além delas, a chinesa Xiaomi também já lançou a sua versão desse modelo de aparelho.
Em paralelo, há outras fabricantes menos conhecidas no Brasil, como a Oppo, que também investe em lançamentos nesse segmento. Dessa forma, esses aparelhos devem se tornar mais comuns no mercado com a possível oferta de modelos mais acessíveis.
Apple ainda não entrou no mercado
Apesar de notícias que anunciavam um provável protótipo de Iphone dobrável, a Apple ainda não lançou nenhum modelo com essa tecnologia. Por certo, diante do crescimento das opções entre as concorrentes, essa novidade pode ser esperada em breve.
Como é a tecnologia usada no celular que dobra?
A tela do celular que dobra é feita com um polímero especial e tecnologia OLED que funciona com a pulsação da eletricidade. Isso faz com que seja possível fechar e abrir a tela sem qualquer dano, bem como, oferece imagens de maior qualidade.
Esse recurso não é tão recente, e começou a ser utilizado em 2010 pela Samsung, mas passou por muitas melhorias até chegar à qualidade que se vê hoje nos aparelhos dobráveis.
Os primeiros modelos começaram a chegar ao mercado no ano de 2019 e a partir dali, as fabricantes têm se esforçado para aprimorar os aparelhos tanto no design como nas funcionalidades.
Quais os principais modelos de celular que dobra da Samsung?
Os modelos de celular que dobra da Samsung estão disponíveis em duas linhas, o Z Flip e o Z Fold. Em cada uma delas, já houve alguns lançamentos e a cada atualização novos recursos ou melhorias são adicionados.
Veja a seguir as características técnicas dos modelos mais recentes em cada uma dessas linhas, e os diferenciais deles.
Galaxy Z Flip
Essa linha chegou ao mercado em 2020 e tem o tamanho de um aparelho regular com tela de 6,7 polegadas. Assim, ao dobrá-lo ao meio ele se torna muito prático para levar no bolso e ainda conta com um pequeno display na parte externa de 1,06”.
A tela tem a tecnologia AMOLED com resolução Full HD e HDR10+ para melhorar ajustar a cor e brilho e oferecer uma boa visibilidade. Além disso, em relação ao hardware conta com bons recursos, dentre eles:
- processador Snapdragon 855+, superior ao utilizado na linha S10;
- memória RAM de 8GB e 256 MB de armazenamento;
- duas câmeras de 12MP e frontal de 10MP.
Por outro lado, em razão do tamanho do celular quando dobrado, foi preciso reduzir o tamanho da bateria, por isso, ele conta com apenas 3.300 mAh. Para contrapor a esse aspecto, ele conta com carregamento turbo, para otimizar o tempo de recarga.
Galaxy Z Flip 3
Na mesma linha, essa atualização ganhou algumas melhorias, como por exemplo a tela AMOLED 2X com 120Hz de taxa de atualização. Assim, os comandos são reproduzidos de forma bem mais rápida, além das transições em vídeos.
O visor da parte externa também aumentou para 1,9 polegadas, e o processador passou para o Snapdragon 888, um dos mais avançados entre os modelos da Samsung. Outro detalhe é que possui conectividade à rede 5G.
A memória RAM foi mantida em 8GB, mas o aparelho ganhou a opção com 256 GB de armazenamento interno para quem busca mais espaço para guardar arquivos e fotos.
Galaxy Z Fold 2
Esse é um modelo bem mais avançado do que a linha Flip, e a grande inovação é que ele abre horizontalmente, ou seja, quando dobrado fica do tamanho de um celular regular.
A tela interna possui 7,6 polegadas em AMOLED com HDR10+ dobrável, enquanto a externa tem 6,23 polegadas, que equivale a um aparelho normal. Na parte interna, ele também traz uma excelente potência, com as configurações:
- memória RAM 12GB;
- armazenamento interno de 256 GB;
- bateria de 4.500 mAh, com carregamento rápido, bem como, opção sem fio;
- três câmeras traseiras com 12MP e zoom óptico.
Ele conta ainda com duas câmeras frontais, uma em cada tela, dessa forma, quando o aparelho está dobrado, a secundária serve como recurso para fazer as fotos.
Galaxy Z Fold 3
O modelo lançado em 2021 trouxe algumas inovações em relação ao antecessor, sendo que a principal delas é que a câmera frontal fica posicionada na parte inferior, mas sem o orifício. Além disso, o notch é tão discreto que ao abrir a tela dupla fica imperceptível.
Com isso, ele é uma excelente opção para quem gosta de assistir vídeos e séries com a mobilidade de um aparelho móvel, mas com uma tela mais ampla. Outro diferencial desse modelo foi a inclusão da S Pen, que tem boa precisão nos comandos no visor.
O smartphone possui ainda o Modo Flex, que divide as ações em cada uma das telas de forma independente. Isso permite que o usuário possa reproduzir um vídeo e fazer anotações ao mesmo tempo, por exemplo.
Galaxy Z Fold 4
A versão lançada em 2022 veio para competir com o novo iPhone 14 da Apple, e para isso, investiu no desempenho. Para isso, conta com o que há de mais moderno na tecnologia da marca, como o processador Snapdragon 8 Plus Gen 1.
Já a memória RAM é de 12 GB com 1024 GB de armazenamento, assim, há muito espaço para vídeos e fotos, sem prejudicar a performance nas demais funções. Nas câmeras, o modelo conta com 50MP de resolução da câmera principal.
Com isso, é capaz de fazer fotos em alta resolução, além de fotos panorâmicas e vídeos em 4K com boa estabilização das imagens.
Motorola Razr: o celular que dobra da Motorola é bom?
O celular que dobra da Motorola dobra ao meio como o Flip, mas tem um desempenho menor em razão do processador. Ele usa o Snapdragon 710, que já é comum em modelos intermediários.
Na memória, ele conta com 6GB de RAM e 128 GB de espaço interno, sem a opção de expandir. Outro ponto que torna esse celular um pouco inferior em relação aos rivais da Samsung é que possui apenas uma câmera traseira, com 16 MP.
Fora isso, ele vem com uma bateria de 2.500 mAh, que é um valor considerado baixo mesmo para os modelos mais básicos. Mesmo assim, o preço do aparelho está muito acima dos smartphones comuns com configurações parecidas.
Design relembra o clássico V3
Em termos de design, ele é similar ao Galaxy Flip, porém traz alguns traços do modelo V3 da própria Motorola, que fez bastante sucesso na década de 2010. Isso fica mais evidente na parte inferior do aparelho em destaque, mais alta do que o restante do corpo.
O Xiaomi Mix Fold 2 é um bom modelo de celular que dobra?
O celular que dobra da Xiaomi tem um design super fino e ótima potência, além de ter preço mais acessível do que o rival Galaxy Fold 4. Assim, ele segue a proposta da fabricante, que é criar aparelhos com alta tecnologia a um custo mais baixo.
Esse aparelho vem com o processador Snapdragon 8+Gen 1, um dos mais recentes disponíveis, além de outros itens como:
- memória RAM de 12 GB;
- até 1TB de armazenamento;
- tela interna com 8,02 polegadas, com taxa de atualização de 120 Hz;
- painel externo em AMOLED com 6,56 polegadas;
- proteção Gorilla Glass, que evita riscos no display.
Um dos diferenciais desse modelo em relação aos demais celulares dobráveis é a bateria, com 4.500 mAh. Além da capacidade maior, ele ainda conta com um carregador de 67W, o que garante chegar a carga máxima em menos de 40 minutos.
Câmeras
Outro ponto de destaque do aparelho é o conjunto de câmeras Leica, uma parceria entre a fabricante e a empresa alemã. Com isso, foi possível incluir um sensor de 50MP na câmera traseira, além de uma ultrawide de 13MP e telescópica de 8MP.
Na parte frontal, o usuário ainda conta com um sensor de 20MP para fazer selfies de qualidade, bem como, gravar vídeos em alta resolução.
Como é o celular que dobra da Oppo?
O modelo Find N2 Flip é a opção da Oppo de celular que dobra, com design fino e bateria de boa capacidade. Esse aparelho foi lançado na China, mas deve ganhar o mercado internacional.
A proposta da fabricante é oferecer o celular dobrável mais fino do mundo, e ainda por um preço bem competitivo. Ao comparar o preço de lançamento com o do Galaxy Fold 4, por exemplo, a diferença chega a US$ 300 no mercado externo.
Em relação às configurações, ele possui 8GB de RAM e 256GB, mas conta com opções com o dobro da capacidade. O smartphone ainda possui um processador Dimensity 9000+ da Midia Tek, que entrega um bom resultado.
Bateria de carregamento rápido
Com capacidade de 4.300 mAh, a fabricante anuncia que o celular pode suportar o dia todo de uso sem precisar recarregar. Mas, caso seja necessário, conta com um sistema de carregamento de 44W, que pode atingir a metade da carga em cerca de 20 minutos.
Câmeras
Nesse quesito, o aparelho também oferece uma excelente qualidade, sendo o sensor principal de 50MP, e a câmera ultrawide de 8MP. Além disso, a câmera frontal possui 32MP e recurso de foco automático, o que dá maior qualidade às selfies.
Qual é o preço médio do celular que dobra?
Um celular que dobra pode custar em torno de R$ 4 mil nos modelos mais simples até mais de R$ 10 mil nos top de linha. Portanto, há opções para todos os perfis sendo necessário definir quais são as prioridades para cada usuário e o valor que quer investir.
Entre os aparelhos analisados, o Galaxy Flip e o Motorola Razr são os que apresentam os valores mais acessíveis se comparados aos demais modelos.
Na sequência, o Mix Fold 2 da Xiaomi tem o menor preço entre aqueles smartphones classificados como premium. Por fim, o Galaxy Fold 4 segue sendo o mais caro entre os modelos dobráveis.
O celular da Oppo, como ainda não está disponível para venda internacional, não oferece um comparativo muito preciso. No entanto, com o valor de lançamento proposto, pode se tornar uma opção viável, mesmo com o pagamento de taxas de importação.
Qual o celular que dobra com melhor custo-benefício?
O Galaxy Flip 4 e o Xiaomi Fold 2 dividem a posição de celular que dobra com melhor custo-benefício. Isso porque, cada um conta com alguns diferenciais e propostas diferentes para o público.
O aparelho da Samsung, por sua vez, tem um bom desempenho e velocidade na execução de jogos e aplicativos, mas com uma bateria de menor capacidade. As câmeras são de boa qualidade e oferecem imagens de boa resolução.
Já o modelo da marca chinesa adiciona ao desempenho outros aspectos como uma tela mais ampla e bateria potente, com carregamento super rápido. O grande diferencial, contudo, está nas câmeras que têm um resultado bem superior.
A definição entre essas duas opções fica por conta do preço, que é mais alto no caso do Fold 2. Mas, se o produto se destina a alguém que trabalhe com imagens e produção de vídeos, por exemplo, essa diferença pode valer a pena.
Como escolher o melhor celular que dobra?
Ao decidir comprar um celular que dobra, o preço é um fator decisivo, mas é preciso analisar a parte técnica do aparelho. Do contrário, poderá pagar mais caro por um aparelho com as mesmas configurações de um intermediário apenas pelo design.
Na sequência, veja alguns itens para verificar na descrição do produto e assim poder comparar os prós e os contras antes de fechar a compra.
Tela
Esse tipo de aparelho conta com duas formas de dobrar, sendo a primeira no meio do aparelho, que o deixa compacto e fácil de carregar. Logo, é a escolha ideal para quem prefere um celular discreto, sem abrir mão das vantagens da tela grande quando precisa.
Já os modelos que abrem e fecham na horizontal são indicados para quem prefere os visores amplos, seja para assistir filmes ou jogar pelo celular. De acordo com o modelo, o tamanho do display pode chegar a 8 polegadas.
Processador
Esse é um aspecto importante, porque vai impactar na rapidez com que o smartphone consegue executar aplicativos, inclusive de forma simultânea. Por isso, o ideal é buscar aqueles que contem com processadores octa-core.
Dentre os melhores estão o Snapdragon 888 e gerações superiores, uma vez que são os mesmos utilizados em outros aparelhos de linhas avançadas.
Memória
Outro item que afeta no desempenho do celular é a memória RAM, por isso, o ideal é buscar produtos que ofereçam pelo menos 6GB. Isso é ainda mais importante para aqueles modelos que têm o recurso flex, em que cada tela executa uma ação.
Quanto mais aplicativos rodando ao mesmo tempo, mais requisitada é a memória interna do dispositivo. Por outro lado, o espaço de armazenamento é um fator de igual importância, para poder guardar os arquivos pessoais sem comprometer o funcionamento.
Entre os modelos disponíveis no mercado, há produtos desde 128GB até 1TB, mas esse aumento reflete no preço. Para quem não pode investir um valor maior, uma opção é encontrar produtos que possam expandir o tamanho ou salvar itens na nuvem.
Câmera
Nesse ponto, também há muita variação entre os modelos, em relação à resolução e recursos do conjunto de câmeras. É claro que quanto maior a tecnologia, melhores são os resultados das capturas.
Para aqueles que fazem apenas fotos pessoais, sem buscar um acabamento profissional, pode ficar satisfeito com um celular como o Flip e que ainda assim permite fazer bons registros, mas sem gastar tanto.
Conectividade
Grande parte dos modelos mais recentes de celulares, sejam dobráveis ou não, já vem com acesso à tecnologia 5G. Porém, é importante checar esse item, já que essa rede estará disponível de forma ampla em breve, com maior velocidade.
Logo, esse é um ponto importante para observar, pois comprar um aparelho que não seja compatível poderá ficar obsoleto em um curto prazo.
